sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um Bispo Satânico... ou nem por isso?

O Bispo das Forças Armadas, o 'iluminado' D. Januário Torgal Ferreira disse ter ficado "atónito" com as medidas tomadas pelo Governo que vão além do memorando de entendimento assinado com a troika.
"As medidas da troika são duras, mas não me deixam surpreso, mas depois ainda descubro que os nossos governantes vão além dos sacrifícios impostos pela troika e fico atónito", confessou o bispo.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, Torgal Ferreira assegura que Portugal tem que pagar a dívida e ser "um país honrado", mas insiste na renegociação, não para fugir ao pagamento mas para " ser um melhor pagador".
O bispo da 'Tropa' não poupa críticas ao Governo, dizendo à boca cheia que as medidas  tomadas são como uma manta curta, que quando se puxa para tapar a cabeça, acaba por destapar os pés. "Não acredito que quando começarem a morrer pessoas à fome, quando começar tudo numa barafunda, se continue a achar que vale a pena puxar a manta", revela.
O que ele, bispo que já ultrapassou o tempo de serviço, devia dizer é porque se não vai embora... mas está agarrado ao tacho porque lhe sabe bem as 'massas' que lhe enchem o bolso e de que ele nem um cêntimo dá aos que necessitem de ajuda para pagar a renda ou comprar o leite para o filho com fome. Ele fala da possibilidade de haver pessoas a começarem a morrer de fome... mas desde que não seja ele...
Dizendo que "depositava muita confiança na atual governação" -  o que é de admirar, dado os seus grandes amigos estarem no largo do Rato ou no Bloco -, o bispo mostra-se agora preocupado com as políticas que "exageram as medidas da troika". O representante da Igreja Católica nas Forças Armadas pergunta-se se "o exagero das decisões tomadas não estão a privar este povo dos recursos que tem?"
"Noto uma grande insensibilidade social, apesar de haver muita gente no Governo com boas intenções", continua Torgal Ferreira, lembrando que não bastam boas intenções para que apareçam resultados. "Não posso negar que temos encontrado dinheiro e cumprido os prazos, mas não há equilíbrio", avisa.
Por outro lado, para o bispo, os novos dados do desemprego, ontem divulgados, que apontam para uma taxa de desemprego de 13,6% e de mais de 30% entre os jovens "são consequência das medidas que não são tomadas". "Como é possível falar no apoio às PME se qualquer cidadão português não tem apoio bancário?", pergunta, explicando que ouve muitas pessoas que se queixam "que os bancos lhes dizem que só emprestam a empresas públicas, que têm as devidas garantias".
O bispo Torgal Ferreira criticou ainda o fim dos feriados decidido pelo Governo, considerando que não são este tipo de medidas que vão resolver os problemas porque, garante, "não são os trabalhadores por conta de outrem os assassinos do país". O bispo vai mesmo mais longe e assegura que esta ideia "é uma calúnia e um aproveitamento, porque na crise revelam-se oportunidades para explorar os explorados".
D. Januário Torgal Ferreira aconselha ainda "calma" na discussão sobre estas questões, dizendo que as "conversas exaltadas" não levam a conclusões. Além disso defende que "era importante todos os responsáveis das várias camadas sociais terem uma conversa", para encontrar soluções.
Entretanto, o bispo adianta que não tem dúvidas: quando chegar a altura de eleições, "vai ser ver dinheiro a jorros". "Nessa altura, todos vão ser bestiais", conclui.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UM MINISTRO... À DEFESA?

Este Ministro da Defesa, se estivesse perante um Tribunal, não sei bem o que responderia em sua... defesa, mas certamente ninguém o acreditaria pelo simples facto de ser indefensável a sujeira que parecem ter as suas palavras, quando diz:  “Há quem queira instrumentalizar uma associação para fazer política.” Foi assim que o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, reagiu, nesta quarta-feira, à carta aberta que a Associação de Oficiais das Forças Armadas enviou ao governante e na qual sustenta "nada [os] obriga a serem submissos".
Recentemente, Aguiar-Branco afirmou que aqueles militares que "não sentem vocação, estão no sítio errado. Se não sentem, antes de protestar precisam de mudar de carreira. Sem drama, sem ressentimentos".
Quem teima em semear a discórdia entre os Militares, como é o caso dos dois últimos Governos,  não deve estar muito satisfeito com a sorte que lhe caíu de páraquedas quando aconteceu o 25 de Abril. Pena é que não tenha servido de muito todo o sacrifício que veio a ser exigido ao "Povo em Armas", expressão que não gosto muito... mas que é real.
Os Militares CUMPRIRAM excrupulosamente aquilo a que, em sã consciência, se obrigaram, como  foi o entregarem a política aos políticos... mas estes esqueceram-se de que as responsabilidades na democratização são recíprocas.
Para a AOFA, o direito ao protesto, à denúncia, existe e não pode ser confundido com fazer política. "Denunciar perante a opinião pública as medidas lesivas e (...) carregadas de falta de respeito pela dignidade de quem jurou e serve abnegadamente (sem se servir) a pátria é fazer política?", interroga a AOFA. "Será portanto política alertar para (...) a penalização dos militares e das Forças Armadas, dando a conhecer, a título de exemplo, a forma como (...) os militares vêem o modo como tem vindo a ser tratado o dossier BPN, obrigando uma significativa parcela do orçamento a ser desviada para dar cobertura, tudo leva a crer, às consequências de criminosos desmandos?"
A carta aberta é uma resposta a declarações recentes  de Aguiar-Branco sobre as Forças Armadas e que terão caído mal entre os militares. "As Forças Armadas são insustentáveis, senhor ministro? Não são! Estão!", argumenta a AOFA, que contesta também os cortes orçamentais e a equiparação dos militares aos funcionários públicos. Outras queixas têm a ver directamente com a carreira, como o congelamento das promoções.
Na minha terra diz-se que quem mexe muito na porcaria torna o ar irrespirável, porque a porcaria deixa tudo 'nauseabundo'.
Porque será que este advogado não esgrime em sua defesa qualquer coisa que nos leve a dizer: BENZA-O DEUS! É UMA BENÇÃO TER ESTE FULANO A OLHAR PELAS FORÇAS ARMADAS!
Só que ele, Aguiar Branco, está a ver-se 'negro' para calar a revolta que nos vai na alma! Porque será?