quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

CARTA AO PRIMEIRO MINISTRO P.P.C.



'Todas as cartas de amor são ridículas...'
Talvez  esta carta a que tive acesso, porque não é de amor, não seja ridícula, pelo menos não tanto como as 'bestas troikanas' que vão sendo gurus das maldades que um antigo 'bom rapaz' vem agora regorgitando em cada segundo que passa! Por mais 'passos' que se possam dar a caminho das 'portas', encontramos sempre o cheiro nauseabundo que esses senhores da Comunidade Europeia, através da 'Tróika', do FMI (Famosos Malandros Internacionais) e do Banco Central Europeu, os nossos amigos do peito que nos roubem descaradamente para encher a blusa à 'füher' alemã, que até tem uns dotes físicos com bastantes adiposidades... logo há muita blusa para encher.
O nosso Primeiro encheu o Povo de ilusões, talvez já a pensar como chegar aos 'tostões' que nos vai 'lerpando' de conivência com as bestas desses países europeus que apenas pensam na arte e preceito de nos roubar... com jeito!
 
"Caro Pedro,

Enquanto desempregado que vai rapidamente ficar sem poder dar de comer aos seus filhos, é-me difícil aceitar que promovas o meu desemprego para que eu aceite ir trabalhar por migalhas que nem chegarão para pagar o mais básico para manter a minha família. Estás a deixar-nos sem lugar nesta sociedade. Estás a condenar-nos à morte.

Gostaria que recordasses que esta minha condição não resulta da minha vontade, pois sou só um meio para que tu atinjas um único fim: baixar os salários de quem ainda trabalha. Resulta sim da tua teimosia, dos teus dogmas, da tua ideologia, das tuas crenças de que a minha morte provocará, por alguma inexplicável razão, o bem-estar dos restantes. Quer parecer-me que é esta a forma que encontras para evitar retirar àqueles que têm dinheiro acumulado e que, não encontrando forma de comprar a minha força de trabalho, não conseguem multiplicar o dinheiro que lhes sobrou. É evidente que preferes gastar dinheiro em bancos, que preferes pagar uma dívida que eu não contraí; que em vez de fomentar a indústria, a agricultura, as pescas ou as minas, preferes ir destruindo cada vez mais postos de trabalho.

O que me estás a fazer é de uma violência mortal. Considero, e tu estarás certamente de acordo, que sou obrigado a fazer tudo aquilo que estiver ao meu alcance para evitar que consigas alcançar o teu propósito.

Quero dizer-te que à medida que se for aproximando o momento da morte da minha família, que menos soluções encontre, que mais dor inflijas à minha família; maior é a probabilidade de pôr em prática tantas ideias que me vão passando pela cabeça e cujo resultado seria que tivesses o mesmo fim ao qual me estás a levar.

Para evitar o que te digo, gostaria que considerasses seriamente a possibilidade de te demitires rapidamente e deixasses o caminho livre à realização de eleições, pois sabes perfeitamente que já não tens o apoio do Povo.

Sinceramente,
Alcides Santos"

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